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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DICAS ÚTEIS PARA QUEM QUER SER MÃE


A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A mamadeira costuma tornar-se uma companheira para as crianças ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação.

Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa dieta foi o uso prolongado da mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.

Evitando hábitos prejudiciais
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosas à fala e à respiração.
Abandonando a mamadeira
A partir dos seis meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou "chuquinha".
Prevenindo a cárie:
Nos primeiros 6 meses de vida:
- Amamentação materna exclusiva.
- Leite materno é a melhor e mais completa fonte de alimento para a criança, além de transmitir todo amor materno para o bebê.
- Além disso, a amamentação proporciona uma correta formação nas arcadas dentárias.
- Limpar a boca do bebê, sempre que possível com fralda umedecida em água filtrada.
Dos 6 aos 12 meses de idade:
- Primeiro dentinho pode aparecer.
- Incentivar hábitos de escovação.
- É hora de retornar a Odontopediatra para receber orientações e fazer exames preventivos.
Após 1 ano:
- A escovação já deve ser rotina da criança.
- Mesmo que os dentes de leite sejam temporários, eles servem de guia para os dentes permanentes nascerem na posição correta.
- Todo costume iniciado desde cedo, continuará por toda vida.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Câncer de Boca

Por: Fabiano Caetano Brites - especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial

Admite-se que quanto mais grave for a alteração epitelial (camada mais externa dos tecidos) de uma lesão, maior será a possibilidade de transformação maligna. Entretanto, não existe como prever se displasias (anormalidades de desenvolvimento celular) leves ou graves progredirão para um carcinoma.

Portanto, fique atento aos sinais que podem identificar que alguma coisa não vai bem com sua boca: feridas na cavidade bucal, com 15 ou mais dias de evolução, que não cicatrizam, precisam ser melhor investigadas. Alterações de cor (particularmente brancas ou vermelhas), consistência, tamanho ou formato, sugerem alterações celulares que podem ou não evoluir para uma neoplasia maligna.

As lesões indolores, porém de longa evolução, são um sinal importante: o carcinoma quase nunca apresenta sinais dolorosos, apenas nos estágios muito avançados da doença. Portanto, dor não necessariamente é indicativo de câncer.

Pacientes maiores de 40 anos, tabagistas pesados (20 ou mais cigarros ao dia) e ou de longa duração (10 anos ou mais), alcoolistas crônicos (especialmente aqueles que ingerem destilados como uísque, vodka ou cachaça), que usam água muito quente no chimarrão ou que se expõem ao sol com frequência estão dentro do grupo de risco para o desenvolvimento da doença.


O cirurgião-dentista é o profissional que normalmente tem o primeiro contato com a doença, e deve estar preparado para diagnosticar ou encaminhar para o profissional que o faça. O termo “tumor”, muitas vezes mal empregado, não é sinônimo de câncer, mas sim de um crescimento anormal dos tecidos, assim como “cisto”. Portanto, não dê ouvidos aos leigos que, sem o conhecimento de causa, consideram qualquer lesão com crescimento exagerado como câncer.

Tumor ou neoplasia maligna só é assim considerado quando vier acompanhada por sinais e sintomas específicos identificados pelo cirurgião-dentista, como história clínica, ausência de limites na lesão, geralmente indolor e de crescimento lento e envolvimento de gânglios linfáticos. Mesmo com estes dados presentes, a lesão maligna só é confirmada após biópsia (exame que identifica, ao microscópio, as invasões de epitélio no tecido sadio), e deverá ser tratada por médico oncologista. Ao cirurgião-dentista cabe o exame clínico e diagnóstico.

Os termos “lesão”, “tumor”, “crescimento” e “biópsia” ainda hoje denotam terríveis conotações para o paciente. O dentista com empatia pode aliviar o paciente da ansiedade e frustração ao utilizar vocabulário adequado e cuidadoso durante a discussão de casa caso. É importante o dentista saber e lembrar ao paciente que a maioria das lesões encontradas nas regiões oral e maxilofacial é benigna, tendo completa resolução com o tratamento e o diagnóstico precoces.

Não tenha medo! Se tiver alguma dúvida a respeito da sua saúde bucal, consulte o cirurgião-dentista da sua confiança. Ele é o profissional que pode esclarecer suas dúvidas e sanar os seus problemas.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

REGULADORES DA POSTURA HUMANA

A postura do ser humano é extremamente complexa e intervém de forma
permanente no ato de levantar-se, sentar-se, manter-se em pé, manter-se sentado, equilibrar-se com o corpo em todos os movimentos de tronco, braços e pernas e o de lutar contra a força da gravidade, que atua sobre nós constantemente independente da postura que adotamos. O objetivo do sistema postural é a de manter a posição vertical do indivíduo com economia máxima de trabalho muscular.O nosso corpo está sempre oscilando na tentativa de encontrar o seu equilíbrio.

O controle da postura é totalmente involuntário, ou seja, não necessita da nossa vontade ou do nosso comando.

Os reguladores da postura são:












O : é onde ocorre a união do desequilíbrio do corpo com o solo. As alterações de postura do pé poderá ser a causa do desequilíbrio postural ou ele poderá se adaptar para manter o equilíbrio de alguma alteração vinda mais de cima do corpo (geralmente causada por alterações do olho ou dentes), num primeiro momento esta adaptação do pé poderá ser reversível se a causa também for corrigida, se não o for a alteração se fixará e será irreversível a sua correção. É mais freqüente o pé ser ao mesmo tempo a causa da alteração postural e ser também uma adaptação de uma alteração vinda de cima.

O olho: todos os desequilíbrios dos músculos dos olhos levarão a uma limitação do movimento de girar a cabeça para o lado, que resultará em um desequilíbrio dos músculos do pescoço e que por sua vez acarretarão alterações corporais abaixo do pescoço.

  1. O aparelho mastigador: a mandíbula, a língua e a maxila estão diretamente ligadas com as musculaturas responsáveis pela postura do corpo, qualquer alteração destas estruturas resultará em modificação do equilíbrio postural.
O ouvido interno:
Responsável em coordenar a posição da cabeça e dos olhos durante o movimento.
O computador central (o cérebro): as informações vindas das estruturas acima citados serão interpretados no cérebro.

As vias descendentes: após as informações terem sido interpretadas no cérebro, os nervos levam um comando para os músculos da postura para que estes se ajustem as alterações das outras estruturas.

Devemos estar sempre atentos às alterações de postura dos pés e tornozelos, das alterações dos movimentos oculares, da audição, e da posição dos dentes e da cabeça,para detectar uma alteração postural e evitar o agravamento da mesma.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RESPIRADOR BUCAL – QUEM TRATA????

Ultimamente, a abordagem no tratamento do Respirador Bucal vem sofrendo modificações,

tanto no conceito como em sua abrangência.

Tanto é que até a fisioterapia vem sendo aplicada largamente no processo de reabilitação do paciente, porque este não é mais observado como um mero portador de uma afecção ou seqüela, mas um universo o qual precisa ser melhor interpretado.

Assim como entendemos ser importante o tratamento psicológico para reverter as seqüelas

que a falta de oxigenação adequada causou nos diversos sistemas , levando o paciente a alterações psicológicas e comportamentais.

Assim, enquadram os o respirador bucal como “portador” de um desequilíbrio biomecânico,

daí a necessidade de termos claro as desordens deste quadro diferenciado e suas causas. A respiração bucal é uma síndrome que se caracteriza pela má qualidade do ar que chega aos

pulmões, cheio de impurezas, não filtrado, nem aquecido da maneira que convém para que

chegue ao seu destino.

Se o ar que chega aos pulmões é péssimo ou insuficiente, o paciente apresenta desordens

severas no seu equilíbrio vital. Alterações corporais surgem como formas compensatórias

inclusive para o organismo trabalhar com um mínimo de consumo energético.

Sendo comprometido o sistema músculo-esquelético do respirador bucal, surgirão as alterações da fala (alterações articulatórias), comprometimentos intelectuais e

psicológicos como desatenção, irritabilidade,

constrangimento conseqüente e alterações

comportamentais.

Como se pode perceber, o tratamento do respirador bucal deve ser o mais precoce possível, para que todas as

alterações que resultam da péssima qualidade do ar sejam

o menos danosas possíveis e não sejam obstáculos intransponíveis para a recuperação do

equilíbrio vital.

A multidisciplinaridade envolve várias áreas como a otorrinolaringologia, a ortopedia funcional

dos maxilares, a fonoaudiologia, a fisioterapia, a cirurgia, a pediatria, a psicologia, a nutrição,

a alergologia , e quem sabe não encontraremos muitas outras necessidades que devem ser

reparadas daqui por diante.

Esteja ligado e atento!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ORTOPEDIA: COMO AGE????


A Ortopedia Funcional dos Maxilares age por meio de estímulos neurais, diferindo fundamentalmente e conceitualmente da Ortodontia. A Ortopedia funciona como um orientador do crescimento, direcionando as forças de crescimento e desenvolvimento para um final harmônico. A Ortodontia usa força mecânica sobre os dentes e ossos por meio de aparelhos fixos como, por exemplo:
- Aparelho de Hyrax,
- Aparelho de Herbst,
- Andrew,
- Capelozza,
- Roth e tantos outros
Os aparelhos usados pela OFM produzem uma adequada estimulação neural que é enviada à região da boca no córtex sensorial, o qual processa o estímulo, e uma resposta de remodelagem é transmitida de volta ao sistema estomatognático (SE). As mudanças que ocorrem no SE são também incorporadas pelo córtex sensorial e motor e são codificadas como novas memórias de longo prazo, as quais são responsáveis pela manutenção do SE no novo equilíbrio.
Somos uma grande e complexa matriz funcional que sofre deformações conforme o meio, ou seja, as atividades realizadas pelos músculos determinarão o formato da estrutura óssea.
Esta intensa plasticidade neural, produz remodelagem e crescimento ósseo, inclusive em idade adulta madura, desde que adequadamente estimulada. É o caso do tratamento de mandíbula retraída, mandíbula protruida, expansão de maxila, etc.
O grande avanço recente na neurociência permite visualizar que num futuro próximo será melhor entendido os sistemas neurofisiológicos que medeiam os tratamentos realizados, levando a OFM a novos patamares de evolução.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL


O que é dor orofacial?
Dor orofacial pode ser definida como uma dor que acomete a região orofacial, ou seja, a boca, a face, a cabeça e o pescoço. São dores que podem ocorrer devido a problemas musculares, da articulação temporomandibular (ATM), dos dentes, dos vasos sanguíneos e/ou dos nervos. Dentre as condições dolorosas mais comuns da região orofacial, destacam-se as dores de origem músculo-esquelética, mais conhecidas pelo termo disfunções temporomandibulares (DTMs).

O que é DTM?
DTM é um termo que inclui um número de problemas clínicos que envolvem a musculatura mastigatória, a ATM e estruturas associadas, ou ambas. Pode gerar dores de cabeça, cansaço muscular, dor nas ATMs, dores próximas à região do ouvido, dores na região do pescoço, mordida instável e/ou dificuldade de mastigação.

Quais são os sintomas mais comuns? Dor na região do ouvido sem infecção, dor ou desconforto na região da ATM mais comumente ao acordar ou no final da tarde, dor na ATM durante a fala ou a mastigação, dificuldade para abrir ou fechar a boca, cansaço nos músculos da face e/ou da mastigação, sensibilidade dentária quando não há nenhum problema aparente.

O que pode causar DTM?
Cada indivíduo engole cerca de 2.000 vezes por dia, o que gera o contato dos dentes superiores e inferiores. Assim, situações como mordida instável, dentes perdidos, mau alinhamento dentário, apertamento e/ou rangido dos dentes (também conhecido como bruxismo), trauma na cabeça ou no pescoço e má postura podem causar problemas, pois os músculos têm de trabalhar mais para compensar essas falhas. Assim, os músculos podem entrar em fadiga e alterar toda a função do sistema mastigatório, causando dor e desconforto.

O que é o bruxismo?
Bruxismo é o apertamento ou rangido dos dentes, que pode ocorrer enquanto o indivíduo está acordado ou dormindo. É uma atividade danosa ao sistema mastigatório, pois pode gerar desgaste dos dentes ou dor muscular, entre outros problemas. Indivíduos com dentes desgastados, portanto, necessitam de uma avaliação para verificar se possuem quadro de bruxismo ativo e se há necessidade de tratamento. É importante ressaltar que alguns medicamentos podem induzir ou agravar essa situação.

O que eu posso fazer para tratar a DTM?
A maioria dos casos pode ser tratada pela promoção de repouso das articulações e dos músculos mastigatórios. Isso pode ser conseguido por meio de manobras odontológicas, como por exemplo, a confecção de placas oclusais, utilização de medicamentos e, fundamentalmente, pela aquisição de novos hábitos saudáveis. Em muitos casos, o paciente pode apresentar melhora com manobras simples, como adoção de dieta com alimentos macios, exercícios físicos para os músculos da mastigação, educação das funções mastigatórias, compressas quentes e frias e controle do apertamento dentário. Em casos muito específicos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. O tratamento é multidisciplinar (dentista,fisioterapeuta,fonoaudiólogo e psicóloga).

A DTM é permanente?
Essa condição é episódica e pode ocorrer em fases de estresse ou após algum evento físico (como um trauma) ou emocional. É fundamental, entretanto, que o paciente procure por tratamento para que a dor não se torne crônica (de longa duração), o que torna o tratamento muito mais difícil.
Fga. Rosane Pereira Rodrigues
CRFa RS 0345
FONOCLIN
Email: fonoclin@gmail.com

sexta-feira, 29 de maio de 2009

LÍNGUA PRESA





(FRÊNULO LINGUAL CURTO)

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail:
fonoclin@gmail.com

Muitas pessoas procuram o atendimento fonoaudiológico porque desconfiam ter a “língua presa”, pois percebem dificuldade para produzir alguns sons da fala. Entretanto, nem todos os problemas na fala acontece devido à “língua presa”.
Muitas vezes por hipotonia lingual, ou seja, o tônus da língua é flácido, deixando a língua praticamente solta dentro da boca ocasionando alteração principalmente
nos sons /s/ ou /z/. São aqueles casos em que a pessoa fala colocando a língua entre os dentes produzindo aquele som característico chamado “CECEIO”: “SSUCESSÕESSSS”.
“Língua presa” ou “Frênulo lingual curto” é quando a película abaixo da língua se encontra mais curta do que o normal, formando um “coraçãozinho” na ponta da língua quando está é colocada para fora da boca. Isso impossibilita a movimentação do órgão para a articulação correta de alguns sons como o /r/ e /l/.Muitas vezes essa pessoa terá dificuldades para realizar a sucção, mastigação e deglutição.
Nem sempre a cirurgia é a única alternativa como tratamento. Dependendo do caso muitas vezes se consegue com um bom trabalho muscular alcançar os objetivos, isto é, produzir corretamente os sons assim como o posicionamento adequado para deglutir.
Após uma avaliação, me
smo que a cirurgia denominada “FRENECTOMIA” ou “PIQUE NO FREIO” for a opção mais adequada, é importante realizar sessões de fonoterapia pós-cirúrgicas.
Sem esse acompanhamento a língua apenas ficará mais solta. É necessário, portanto, um trabalho muscular orientado para fortalecer a língua e posicioná-la corretamente.

ESTIMULAÇÃO EM BEBÊS COM DIFICULDADES DE SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail: fonoclin@gmail.com


A atuação fonoaudiológica em berçários, UTI e internação pediátrica é de extrema importância, tanto nos aspectos preventivos como de reabilitação. Estudos comprovam que existe grande parte de recém-nascido pré-termo cuja alta hospitalar é adiada por impedimentos provenientes de uma alimentação ineficiente. Pode-se dizer que a sucção e a deglutição são automatismos interligados, principalmente, nos primeiros meses de vida, os quais, juntamente com a função da respiração, interagem como um sistema. A sucção é fundamental na vida dos recém-nascidos, já que é a 1ª forma pelo qual o bebê obtém o alimento. Ao nascer, o bebê apresenta estrutura anatômica(boca) que lhe garante a capacidade de se alimentar da consistência líquida por meio do seio materno e/ou mamadeira. A deglutição é conseqüência dos movimentos rítmicos e coordenados da sucção. Fatores como tônus muscular, tipo de bico utilizado e a saciedade da fome podem influenciar no padrão de sucção. É essencial que o bebê se alimente por via oral(pela boca) contudo, em conseqüência, por exemplo, do bebê ser prematuro e/ou apresentar afecções conseqüentes de comprometimentos durante o desenvolvimento do embrião, poderá apresentar dificuldade de alimentação.
Essas dificuldades são observadas na avaliação clínica de deglutição realizada pela fonoaudióloga especialista na área quando solicitada a integrar a equipe de atendimento a essas crianças com distúrbio de deglutição. Nessa avaliação o fonoaudiólogo observa que os bebês não apresentam ao ser estimulados os reflexos orais que seriam esperados, como ausência do reflexo de sucção; o vedamento labial que garantiria segurar firmemente o seio materno e/ou bico da mamadeira não ocorre adequadamente e o bebê deixa escapar o leite para fora da boca; o ritmo da sucção não se dá de forma coordenada o que poderá levar a um desequilíbrio da deglutição e respiração e, conseqüentemente, presença de engasgos, tosse e apnéia (o bebê para de respirar). Com risco de penetração e ou aspiração do alimento para região laríngea (pulmão), dentre outras dificuldades. Essas crianças necessitarão de outra via de alimentação, no intuito de suprir seu estado nutricional e, garantir crescimento e desenvolvimento. A determinação da alimentação por uso de sonda naso ou orogástrica, e/ou ainda, gastrostomia em alguns casos, se deve ao comprometimento nas funções da sucção, deglutição e respiração, conseqüentemente, ao risco de aspiração traqueal com evolução para quadros de pneumonias de repetição. A criança que não apresenta condições de receber alimentação por via oral, deverá ser acompanhada pela fonoaudióloga que realizará estimulação sensório-motora oral, estimulação da sucção não-nutritiva e nutritiva quando indicado, com o objetivo de adequar as funções comprometidas e propiciar o mais breve possível a passagem do alimento da sonda por via oral.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

CÁLCULOS SALIVARES

por: Fabiano Caetano Brites
Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
Observership in Oral and Maxillofacial Surgery pelo Mount Sinai Hospital - Canadá

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4133824Z3

O QUE É ISSO?


A formação de cálculos ( pedras ) pode ocorrer em todo o corpo, inclusive na vesícula, no trato urinário e nas glândulas salivares. A sialolitíase ou cálculo salivar representa a obstrução do sistema excretor de uma glândula salivar por calcificações resultantes da estase (estagnação) salivar, sendo duas vezes mais comuns em homens, com incidência maior na faixa dos 30 aos 50 anos. Podem variar em tamanho entre um grão de milho até um caroço de azeitona, raramente ultrapassando um centímetro, como ocorre no caso mostrado a seguir. Geralmente são de formato arredondado, oval ou alongado. Ocorrem principalmente nos três pares de glândulas salivares principais ou maiores: parótidas, submandibulares e sublinguais, mas também podem ocorrer nas chamadas glândulas salivares menores, distribuídas por toda a cavidade oral.



COMO OCORRE?

Como produto da atividade das glândulas salivares, forma-se a secreção salivar (saliva), cuja produção diária é em torno de 800 a 1500ml. Os principais componentes da saliva são proteínas e sais minerais, com função lubrificante, digestiva e antibacteriana. Quando a viscosidade e a concentração de cálcio na secreção salivar aumentam, podem surgir os cálculos salivares. Restos alimentares e bactérias presentes na cavidade bucal podem migrar para o ducto salivar e favorecer o processo. Assim, a deposição de sais minerais ao redor de acúmulos de muco, bactérias e células epiteliais descamadas no interior das glândulas faz com que a massa mineralizada aumente de volume com o passar do tempo. A glândula submandibular (com exteriorização embaixo da língua) é geralmente a mais afetada, sendo responsável por 85% dos casos, pois possui ducto longo e sinuoso, com calibre menor que o ducto da glândula parótida, por exemplo. Por este motivo, a ação da força da gravidade favorece a formação dos cálculos durante o trajeto angulado e tortuoso da saliva.

QUAIS OS SINTOMAS?

Normalmente, a sialolitíase é caracterizada por dor repentina associada com aumento de volume na região glandular durante ou próximo ao ato alimentar, quando a produção de saliva está em seu máximo e o fluxo salivar é estimulado contra a obstrução glandular. A redução gradual do edema (inchaço) vem a seguir, mas o aumento de volume volta a ocorrer repentinamente sempre que fluxo salivar é estimulado. Há uma redução evidente na saliva. Na palpação intrabucal, o cirurgião dentista pode avaliar o cálculo quanto às suas dimensões e localização no ducto salivar.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

Baseado na história do paciente, no exame físico e em uma variedade de exames por imagem, como radiografias, ultrassonografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Radiografias com pouca radiação são métodos satisfatórios, por evidenciarem bem a natureza mineral do processo, além de serem de baixo custo. Quando existe a suspeita de cálculo salivar, geralmente a radiografia com contraste é contra-indicada, pelo risco de deslocamento do cálculo para o interior dos tecidos e pela dor que o exame causa. Pode-se lançar mão desta técnica quando o exame radiográfico simples for inconclusivo.


QUAL O TRATAMENTO?

O manejo dos cálculos das glândulas salivares depende da duração dos sintomas, do número de repetições dos episódios, do tamanho e da localização da pedra. O cirurgião dentista especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial é o profissional indicado para tratar da doença. O tratamento vai desde a simples estimulação glandular com cítricos, massagens e hidratação, com o objetivo de facilitar a excreção, ou, nos casos de cálculos maiores, a remoção cirúrgica, que normalmente é de simples execução e sem maiores problemas pós-operatórios, devendo-se apenas respeitar a anatomia e inervação local. Antibióticos comumente são prescritos como rotina, pelo potencial bacteriano do processo.Outros tratamentos descritos na literatura são a litotripsia (fragmentação do cálculo), remoção por laser de CO2 e enucleação ( remoção) de toda a glândula salivar envolvida. Normalmente quando o sialolito é encontrado ao acaso durante tomada radiográfica de rotina e não possui sintomatologia, não requer tratamento.


Para saber mais:

FREITAS, R. Tratado de Cirurgia Bucomaxilofacial. São Paulo: Santos, 2006.

GIMESTET, G et al. Cirugía Estomatológica y Máxilo-facial. Buenos Aires: Paraguay 2100, 1967.

NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

PETERSON, L.J. et al. Cirurgia Oral & Maxilofacial Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

SAILER,H.F. & PAJAROLA,G.F. Cirurgia Bucal. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2000.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

DESENVOLVIMENTO DA FALA

Orientações gerais
A Fala é a maneira como expressamos nossas idéias, são sons produzidos pelas pregas vocais "garganta" e articulados pelos movimentos da língua.Parece ser muito simples! Porém, requer uma integridade do nosso sistema nervoso, auditivo e, até psicoemocional.
Quando uma criança fala errado, NUNCA devemos menosprezá-la ou fazer piadas e gozações sobre sua forma de falar.Algumas expressões NÃO devem ser ditas, pois tudo o que um adulto fala é tido como exemplo para os nossos baixinhos.
Por exemplo:
Ih ! você falou errado de novo, parece que não aprende!!
Não é assim que se fala! Parece burro...Calma...
"Fala Cebolinha"
" Você parece o "Gaguinho "falando !!!
Olha só seu irmão, é mais novo e sabe falar melhor do que você.
Presta atenção .... Vê se fala direito !!!
Estas expressões fazem com que as crianças se tornem inseguras, reforçam negativamente a sua capacidade de desenvolvimento e percepção para a fala.A criança precisa de alguém que a escute e a motive a falar, pensar e inventar, sem repreensão, uma pessoa que dê a chance dela própria se autocorrigir e reforçando dia a dia os seus pequenos "grandes" acertos.Os pais devem reforçar positivamente todas as tentativas de fala da criança, mesmo que em algum momento a sua fala saia de forma errada. Nunca menospreze as suas tentativas.Enfim, todas as pessoas que convivem com uma criança, são auxiliares na sua construção da fala. Devem dar o modelo correto de fala, isto é, repetir as palavras corretamente, sem imitar o jeito errado.
A maneira de se ensinar deve sempre ser da forma mais natural possível !!!
Fga. Rosane Pereira Rodrigues

quinta-feira, 16 de abril de 2009

OS BICOS PERIGOSOS

MAMADEIRAS
São facilmente contaminadas por bactérias, por serem difíceis de lavar, especialmente na área entre o bico e a garrafa, em que essas duas partes são atarrachadas. Em bebês de até 6 meses, o uso de mamadeiras com água, chá ou suco pode causar enormes danos à saúde. Esses alimentos substituem o leite materno e fazem com que a criança deixe de receber todas as defesas naturais passadas de mãe para filho durante a amamentação.

CHUPETAS Assim como as mamadeiras, as chupetas são um perigoso foco de infecção pelo acúmulo de bactérias. Também podem levar à diarréia, desidratação e morte nos bebês. Podem causar a chamada "Confusão de Mamilo". O termo técnico trata da dificuldade que a criança tem de mamar quando usa chupeta. Com isso, o bebê desaprende a mamar causando três problemas:
1. Ao mamar errado, o bebê machuca o seio da mãe e forma rachaduras nos bicos;
2. A mãe passa a produzir menos leite;
3. O bebê mama menos, perde peso e fica mais fraco. Alteram os arcos dentais e a musculatura facial da criança.


BICOS???? MELHOR DISPENSA-LOS!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

AINDA SOBRE O CONGRESSO ...

Palestrantes do I Congresso Brasileiro de Maloclusão Infantil que ainda não haviam sido citados.

Dr. Duílio Mandetta - Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares

Resumo da Palestra:
Classe III na Dentição Decídua e Mista: Diagnóstico, Prevenção e Tratamento
O diagnóstico "tridimensional" na dentição decídua e mista é muito importante, pois trata-se de umas fase do desenvolvimento ontogenético, que se efetiva nos três planos do espaço. Uma vez conhecidas as causas da maloclusão nessa fase, pode-se prevenir e tratar utilizando-se, por exemplo, a Ortopedia Funcional dos Maxilares, vista através da Reabilitação Neuro Oclusal.

Dr. Paulo Schinestsck - Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia
Resumo da Palestra:
Maloclusão e Postura Corporal na Criança
A relação entre a maloclusão dentária e a postura corporal tem despertado interesse, estudo e pesquisa em profissionais na Odontologia, Medicina, Fisioterapia e Fonoaudiologia e estimulado tratamentos precoces com características inter e multidisciplinares.Entretanto a Odontologia, através da Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM) e Ortodontia tem grande importância por trabalhar em um sistema que extrapola os limites da cavidade bucal. O sistema orofacial, estomatognatico, complexo, dinâmico, interrelacionado, multifuncional e responsável por funções reflexas de respiração, deglutição, sucção, mastigação, fonação. Um sistema composto por estruturas ósteo-dentário-neuro-músculo-articular onde a “função adequada e equilibrada” é responsável pela união das partes constituintes. É importante salientar a contribuição do Odontopediatra no reconhecimento precoce de sinais, sintomas e alterações na forma e função de componentes estruturais do sistema. Quando uma função está desviada as outras também estarão comprometidas e a ação terapêutica em fases precoce de crescimento e desenvolvimento é fundamental para o equilíbrio orgânico e postural.Serão apresentados casos clínicos que evidenciarão a citada relação e os resultados alcançados através de tratamentos com aparelhos ortodônticos e ortopédico-funcionais. Na medida que há melhora na relação maxilar, oclusão dentária e nas funções reflexo-vegetativas (respiração, sucção, deglutição e mastigação) há modificações importantes na postura do individuo e em todo o organismo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Iº CONGRESSO BRASILEIRO DE MALOCLUSÃO INFANTIL

O ideal é prevenir as maloclusões e diagnosticar oportunamente com sabedoria. Tratar o mais cedo possível é uma postura de excelência.
E foi pensando desta forma que foi planejado cuidadosamente o Iº congresso Brasileiro de Maloclusão Infantil direcionado para as alterações da oclusão, voltado exclusivamente para a dentição.

Pedro Vinha, Antonio Fagnani e Germano Brandão - são os idealizadores deste Congresso

O evento se deu nas dependências do Hotel Pestana, na Vila Madalena, nos dias 20 e 21 de março, e teve como presidente o Dr.Pedro Pileggi Vinha, Ortodontista brilhante de extrema competência e carisma, e como presidente de honra a Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho, ilustre cirurgiã que dedicou sua vida aos respiradores bucais e a fatores determinantes como a amamentação e cuidados neonatal. Através da Dra Gabriela foram proibidas as chupetas nas bonecas, os desenhos infantis de crianças com chupetas, o que leva a uma cultura incorreta de hábitos perniciosos.
Mais que discutir e debater as técnicas atuais o objetivo do congresso foi também de discutir as implicâncias corporais resultantes das alterações do sistema estomatognático. Obviamente que foi um evento multidisciplinar, e um grande público lotou o salão de eventos: mais de 300 participantes, entre médicos, fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas entre outros. Os temas abordados abrangeram a maloclusão sob vários aspectos importantes como prevenção, hábitos orais deletérios, postura corporal, apnéia do sono na criança, disfunção têmporo-mandibular, além de discutir as atuais técnicas de diagnóstico e tratamento. Tivemos a grande satisfação de conhecer um novo programa de diagnóstico odontológico computadorizado e e tridimensional , desenvolvido pelo filho de Marcos Nadler Gribel, realizado a partir de uma tomografia computadorizada da cabeça, que dispensa o uso da cefalometria. É um processo mais rápido, seguro, confortável e PRECISO.
O NEOM-RB, quero aqui divulgar, é um grupo de estudos, voltados para o tratamento das correções odontomaxilares e problemas respiratórios a eles relacionados, com ênfase nas técnicas de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia. “A MANEIRA DE DESENVOLVER O ESTUDO É ATRAVÉS DE UM SITE ONDE A PESSOA INTERESSADA FAZ UM CADASTRO. HAVERÁ UM PODER MODERADOR PARA COORDENAR OS TRABALHOS.” http://www.neom-rb.com.br/. O grupo visa desenvolver e estimular a pesquisa, o conhecimento nas áreas afins e a discussão de técnicas e casos clínicos, onde todos os participantes possam ganhar com o conhecimento do todo. Apoiando-se no direito de difundir o conhecimento de forma ampla e irrestrita, o grupo não discrimina qualquer tipo de técnica ou opinião, assim como não admite nenhum tipo de discriminação dentro dele.
O Congresso foi realmente um sucesso, e a avaliação posterior determinou que sua frequencia seja a cada dois anos. Torcemos por isto!
Presentes no evento:

Dra Gabriela Dorothy de Carvalho - Especialista em CBMF

Autora do livro: “SOS Respirador Bucal“ e “Odontologia Neonatal” (o segundo ainda no prelo ).
Foi Presidente de Honra do Congresso.
Dra Gabriela e seu esposo Mário.

Prevenção das Maloclusões e Hábitos Orais Perniciosos
O propósito deste trabalho é demonstrar a importância da amamentação para o correto crescimento e desenvolvimento sistêmico do recém-nascido para que ele obtenha bom funcionamento do sistema mastigatório, evitando as alterações do conjunto dento-maxilo-mandibular e as estruturas adjacentes.Desejamos conscientizar os profissionais da saúde em geral e os dentistas particularmente sobre a importância do aleitamento exclusivo por seis meses, a fisiologia da amamentação, sua influência no adequado desenvolvimento das funções orais; desenvolvimento de má oclusão; de hábitos perniciosos, a importância de se divulgar socialmente o aleitamento materno e comparativamente analisá-lo com o aleitamento artificial e a sucção não nutritiva.Enfim buscamos evidenciar que a falta da sucção fisiológica pode interferir no desenvolvimento motor oral possibilitando a instalação da má-oclusão e hábitos orais perniciosos.
Dr. Pedro Pileggi Vinha - Ortodontista e Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares

Resumo da Palestra
Maloclusão e a Apnéia do Sono na Infância

A apnéia do sono caracteriza-se pela parada respiratória durante o sono. Cada vez mais esta sendo apontada como responsável por inúmeras outras doenças da criança, como o déficit de atenção e hiperatividade, dificuldades de concentração, aumento da pressão arterial e até mesmo morte súbita. Existem alguns tipos de apnéia do sono e assim como varias causas e fatores predisponentes. A maloclusão está entre elas, sendo responsável direta ou indiretamente por boa parte das apnéias infantis. Discutir a relação entre a maloclusão, apnéia, suas repercussões na saúde da criança e possíveis tratamentos é o principal objetivo da palestra.

Dra. Márcia Turolla Wanderley - Odontopediatra

- Mestre e Doutora em Odontopediatria da FOUSP e coordenadora o Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo em Dentes Decíduos na Odontopediatria da FOUSP, entre outros títulos.
É uma mulher fantástica e de extrema simplicidade, da qual tive a honra de ser sua "anja" durante o evento.

Resumo da Palestra:

Traumatismo em Dentes Decíduos e suas Implicações na Oclusão
O traumatismo nos dentes decíduos pode causar sequelas tanto na dentição decídua como na permanente. Estas sequelas podem afetar a oclusão das crianças devido ao período de crescimento e desenvolvimento que estas se encontram.Além disso, crianças que apresentam alterações de oclusão como mordida aberta anterior, protrusão dos incisivos superiores ou falta de proteção labial podem estar mais propensas ao trauma dental.Portanto, tanto a maloclusão pode ter relação com o traumatismo dental como o traumatismo dental pode afetar a oclusão.Será que temos solução imediata para todas as situações? Nem sempre, portanto é importante o acompanhamento dos casos e a interação multiprofissional, observando o crescimento e desenvolvimento da criança, assim como as oportunidades de atuação.

Dr. Antonio Carlos Passini - Periodontista e Ortopediata Funcional

DTM na Criança: Uma Visão da OFM Vista Através da RNO




Resumo da Palestra:

1-Prevalência das DTMs em crianças

2-Avaliação das morbidades

3-Pesquisa de relação das DTMs com as cefaléias

4-O que podemos fazer??

Dr. Germano Brandão Ortodontista e Especialista em OFM




Ortodontia ou Ortopedia?
Qual a melhor indicação ?
Discorre sobre as melhores indicações da ortopedia e da ortodontia, suas vantagens e seus limites, dando uma idéia de como os profissionais de outras áreas podem identificar e tomar algumas providências iniciais de tratamento, e se for o caso indicar corretamente com conhecimento de causa.

Dr. Antonio Fagnani Filho - Ortodontista e Especialista em OFM

Pistas Diretas Planas
É consenso entre a grande maioria dos autores, que a intervenção precoce nas maloclusões é a maneira mais simples e eficaz de prevenir o seu agravamento e de atingir a sua cura. A identificação das maloclusões precocemente, nos primeiros anos de vida do paciente, é de fundamental importância para promover a sua correção e proporcionar uma melhor qualidade de vida para nossos pacientes. Nesse aspecto, as Pistas Diretas Planas – PDP idealizada pelo Prof. Pedro Planas, assumem importante papel como ferramenta terapêutica na primeira dentição, reequilibrando o plano oclusal patológico do paciente e corrigindo a maloclusão que se instala já na dentição decídua, sendo uma terapêutica de fácil realização e que visa à correção de todo o conjunto dos elementos constituintes da oclusão, principalmente no seu aspecto funcional, e não apenas dos dentes.


Dr. Danilo Antonio Duarte - Odontopediatra da FOUSP

Resumo da Palestra:

Bruxismo em Odontopediatria: Envolvimento Emocional e Aspectos Clínicos
A palestra objetivou avaliar as características clínicas do bruxismo, e suas repercussões para o crescimento e desenvolvimento da criança. Além disso, discute os aspectos emocionais envolvidos na etiologia do bruxismo.

Dra. Maria Salete Nahas - Odontopediatra

O papel da Odontopediatria na Manutenção da Oclusão

Algumas medidas simples tomadas durante a dentição decídua podem evitar maloclusões na dentição permanente.A cavidade bucal humana tem
seu crescimento, desenvolvimento e função
intimamente ligados ao complexo muscular bucofacial.Durante o desenvolvimento normal da oclusão, os dentes irrompem num ambiente dinâmico onde atuam músculos da mastigação, da língua e da face em geral, determinando um conjunto das atividades funcionais.Neste ambiente é imprescindível que sempre haja harmonia entre a atividade funcional e o crescimento das estruturas ósseas, e principalmente até que os dentes encontrem seus antagonistas na arcada oposta entrando em oclusão.È importante o diagnóstico precoce, porque muitas vezes dentes com anquilose severa, impactação de primeiros molares permanentes e caninos passam despercebidos pela odontopediatria. Por isso é de fundamental importância a comunicação entre o Odontopediatra e o Ortodontista.
Marta Predebon
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares
Delegada regional do CRO na Fronteira-Oeste
Professora Assistente da Equipe SOS Respirador Bucal no RS

sexta-feira, 13 de março de 2009

RESPIRAR OU DEGLUTIR ???

Uma das características que o Respirador bucal pode apresentar é a deglutição atípica. Mas o que vem a ser isso?
Não bastando uma série de comprometimentos apresentados, é muito freqüente a alteração de função lingual.
Alteração na deglutição, ou deglutição atípica, pode ser definida como o pressionamento da língua contra os dentes anteriores ou entre as arcadas dentárias durante o ato de engolir.
Porém é correto determinar se a criança apresenta este tipo de alteração a partir dos nove anos de idade, pois até esta fase a deglutição está em processo de desenvolvimento, não podendo ser classificada como atípica.
Muitos são os fatores que acarretam esse quadro:
- aleitamento por mamadeira com bico muito longo e furo grande,
- hábitos inadequados de sucção,
- respiração bucal,
- aumento de amígdalas e adenóide,
- características da face e cavidade bucal.
A deglutição atípica envolve não só um ato de mastigar e deglutir, como também:
- lábios abertos, língua entre os dentes ou na arcada inferior
- flacidez da musculatura de lábios, língua, bochechas
- respiração bucal
- alterações na fala
As características da deglutição na criança que apresenta esse quadro são: projeção da cabeça, contração da musculatura ao redor da boca, presença de ruídos e projeção da língua contra ou entre os dentes.
As principais conseqüências são alterações nos dentes e ossos da face, decorrentes da pressão da língua contra os dentes e ossos no momento da deglutição. Os ossos, assim como os dentes, são estruturas que reagem a qualquer força exercida sobre eles. A pressão ou tração dos músculos sobre um determinado osso pode modificar seu desenvolvimento. Assim, a alteração da pressão dos músculos sobre os dentes e ossos no momento da deglutição pode levar a uma falta de desenvolvimento ósseo ou a um incorreto encaixe dos dentes.
Nestes casos, a consulta a um especialista(ortodontista ou ortopedista funcional dos maxilares) é fundamental para a correção das alterações dentárias e ósseas.
Posteriormente, ou conjuntamente, o fonoaudiólogo poderá atuar reeducando a criança no sentido de adquirir um padrão correto de deglutição.
Uma dica: “ Quando a criança (ou qualquer indivíduo) fala, a língua não deve ser saliente; ela não aparece”.
Fique atento a sinais que lhe pareçam estranhos!!!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

BARBÁRIE OU AMOR ???


Há poucos dias fui abordada por uma amiga que se dizia horrorizada sobre o que havia acontecido com o menino David*, após ter-se submetido a procedimentos odontológicos, pois, certamente que a situação exigia, o menino foi medicado, obviamente com um sedativo ou narcótico.(* Vídeo apresentado pelo Youtube que pode ser observado neste Blog na barra de ferramentas ao l ado direito). O menino está visivelmente drogado no banco traseiro do carro, mas devidamente preso pelo cinto de segurança (Ponto para o Pai! ) enquanto é conduzido para casa.
Então essa amiga perguntou-me:
- Marta, você também faz essa barbaridade com as criancinhas?
Desconhecia o vídeo, motivo que levou-me a tomar conhecimento da "tal" barbárie que foi cometida pelo dentista.
Dei risada naquele momento, e disse que, se fosse necessário, eu sedaria sim a criança antes do procedimento. As pessoas estão acostumadas a ver apenas o lado "escabroso" da história que é contada pelas pessoas, clientes ou não. Não raro nós somos taxados de assassinos, de criminosos, de loucos quando alguma resposta orgânica do paciente foge ao nosso controle, ou mesmo as histórias contadas não tem nenhuma veracidade. Claro que sempre as pessoas vão falar "aquilo" que lhes convém. Ninguém procura a verdade dos fatos antes de condenar.
Mas isto não vem ao caso, neste momento.
Agora eu pergunto:
-Alguém condenou a mãe desta criança? (Como se houvesse a necessidade de condenar a alguém).
Bem, no mínimo a situação bucal estava extremamente complexa, o que requeria uma intervenção radical. Quando a criança não apresenta um bom comportamento, uma docilidade perante situações duvidosas, e que urge uma atuação rápida para evitar quadros dolorosos prolongados e sofrimento intenso à família, pode-se usar substâncias analgésicas narcóticas. www.imesc.sp.gov.br/infodrogas Estas provocam ausência de percepção ao estímulo da dor e induzem a um estado de alteração da consciência denominado "consciência estuporosa". Isso torna a criança mais maleável a um tratamento.
Também há calmantes sedativos como os barbitúricos http://http:/www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/calmantes.htm (o principal grupo de calmantes e sedativos) que são capazes de deprimir várias áreas do nosso cérebro; como conseqüência as pessoas podem ficar mais sonolentas, sentindo-se menos tensas, com uma sensação de calma e de relaxamento. As capacidades de raciocínio e de concentração ficam também afetadas. Com dosagens um pouco maiores do que as recomendadas pelos médicos, a pessoa começa a sentir-se como que embriagada (sensação mais ou menos semelhante a de tomar bebidas alcoólicas em excesso): a fala fica "pastosa", a pessoa pode sentir-se com dificuldade de andar, apresentar tonturas e sonolência.
O David, do vídeo, estava mais menos assim. Eu, particularmente, já tratei canal de dois dentinhos de leite ântero-superiores de um bebê de um ano e seis meses. Pasmem! É muita maldade (Pura ignorância???) uma mãe deixar os dentes de seu filho chegarem a este estado. O tratamento, é claro, foi abaixo de gritaria, com a mãe e o pai segurando a criança, situação muito estressante para todos, mesmo que a criança não sentisse mais dor por estar anestesiada localmente. É uma situação que poderia ter sido evitada! Mas se a criança é maior, às vezes é impossível segurá-la na cadeira, e precisa de recursos adicionais para o o seu manuseio.
Não culpem o profissional que foi obrigado a tomar medidas radicais para buscar a solução para a dor, mas a situação que permitiu que a doença surgisse e aumentasse em proporções, culpem o descaso de muitos pais em não cuidar do que dão de comer a seus filhos. Conheço muitas crianças que nunca bebem água em suas casas, porque lá só entram refrigerantes. Como podemos ver, as transformações sofridas pelo mundo levam ao consumo exagerado de substâncias cada vez menos saudáveis e cariogênicas. Se as pessoas não tiverem conhecimentos ou o mínimo de discernimento sobre o que é bom e o que é mau para a saúde, as crianças sofrerão, mas os adultos pagarão um alto "preço". Ninguém pergunta a um bebê, o qual deve fazer aquela bateria de vacinas, se ele quer ou não fazer uma injeção; simplesmente o fazem porque é uma questão de sobrevivência para ele. Assim tem que ser com a saúde bucal:
Tem que escovar os dentes da criança, faça-o por ela quatro vezes ao dia, precisa beber água, faça-a beber toda a hora; precisa comer alimentos fibrosos, diversificados e saudáveis, obrigue-a, com carinho!
Com amor a gente consegue!
Ou não tenha os filhos se não puderes conduzí-los pela mão até que possam caminhar com suas pernas.
Um abraço!
Marta Predebon, CD
Especialista em OFM
Delegada do CRO na Fronteira Oeste

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A FONOAUDIOLOGIA NO RESPIRADOR BUCAL



A Fonoaudiologia é a ciência que trata dos problemas da fala, linguagem e audição. Além disso, tem como objetivo o restabelecimento das funções respiratórias, mastigatórias, atos de deglutição e fala, visando o equilíbrio miofuncional. O trabalho do fonoaudiólogo visa sobretudo prevenir, habilitar ou reabilitar estas funções. Entre as funções estomatognáticas, a respiração exerce função vital, além de propiciar o desenvolvimento e crescimento crânio-facial. Todos nós sabemos que a respiração deve ser nasal, mas nem sempre isso é possível devido a alguns impedimentos. O número de pessoas que respira pela boca vem aumentando e os danos causados pela respiração oral são tantos que vêm preocupando os profissionais da área da saúde. Podemos observar que este problema não mais compete apenas ao alergista e otorrinolaringologista, mas sim ao dentista ortopedista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e professor. É importante interceptar a presença da respiração oral tão logo seja percebido o processo, encaminhando o paciente, sempre que possível, para o tratamento multidisciplinar. Sendo assim, acredito ser muito importante estarmos atentos às características do respirador oral. São elas:

· Face alongada, caracterizada pelo aumento da altura nariz-mento;

· Olheiras devido à diminuição da drenagem linfática;

· Asas do nariz hipodesenvolvidas;

· Mau hálito;

· Sono é agitado, baba e ronca;

· É sonolento, apresenta, muitas vezes, déficit de atenção, concentração e dificuldade de aprendizagem devido à falta de oxigenação no cérebro;

· Apresenta rendimento físico diminuído;

· É inapetente, porque o ato de se alimentar gera esforço e cansaço;

· Prefere líquidos e pastosos, porque não requerem trabalho mastigatório;

· Na criança, a respiração oral reduz o estímulo de crescimento do terço médio da face, levando à formação de palato em ogiva, hipodesenvolvimento lateral da arcada dentária superior, com conseqüente aumento ântero-posterior da mesma e protrusão dos dentes;

· Postura corporal incorreta;

Os efeitos da respiração oral são bastante nocivos e podem deixar seqüelas na musculatura e nas funções estomatognáticas. A musculatura dos lábios, língua e bochechas torna-se hipotônica e por isso, essas estruturas funcionarão de maneira inadequada e menos eficiente nas funções de mastigação, deglutição e fala. Às vezes, a mastigação pode apresentar-se unilateral, o que pode causar mordidas cruzadas; a deglutição será atípica, isto é, com projeção de língua entre as arcadas dentárias; a fala poderá estar alterada devido à hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios e ao posicionamento incorreto de língua. Nestes casos, o tratamento fonoaudiológico tem como objetivo, principalmente, a conscientização por parte da família da necessidade da adequação da respiração. Em um segundo momento, o trabalho muscular necessário será realizado através de exercícios que adequarão a tonicidade e postura dos órgãos fonoarticulatórios, além de adequar as funções de mastigação, deglutição e fala. A terapia irá restabelecer a respiração nasal nos pacientes que estejam em tratamento com alergista ou otorrino. É importante ressaltar que alguns pacientes pós-tratamento, que não apresentam mais impedimento orgânico para a respiração nasal, mas continuam sendo respiradores orais (respiração oral viciosa), também deverão realizar terapia fonoaudiológica a fim de aprenderem a utilizar o nariz para respirar. Acima de tudo, é preciso compreender e acreditar que é possível modificar um hábito, mas esta mudança não pode ser feita da noite para o dia. Ela vai depender de muito esforço e dedicação de ambas as partes: paciente e terapeuta. Desta maneira, pode ser revertido o quadro da respiração oral possibilitando melhores condições de vida futura.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

MAMADEIRA ESPECIAL X PEITO

Atualmente, sabe-se que o principal método para a extração do leite do peito é através de movimentos de ordenha, e que nenhum bico de borracha ainda conseguiu realizá-lo, e a gravidade continua sendo indispensável para que aleitamento na mamadeira continue.
Movimentos de pistão da mandíbula (sobe e desce) foram verificados na maioria dos casos, mas infelizmente estes movimentos não trabalham a musculatura de uma forma correta , equilibrada e adequada :
Não resultam em crescimento mandibular melhor interrelacionando as bases ósseas da maxila e da mandíbula.Não esculpem corretamente a cavidade articular. Não tonificam os ligamentos e a cápsula articular que envolvem a articulação têmporo-mandibular. Não trabalham corretamente os músculos mastigadores principalmente o pterigoideo lateral. Segundo Inoue (1995) a atividade do músculo masseter na mamadeira é bem reduzida em relação a atividade do mesmo no peito.
A sucção (pressão negativa intra-oral) da mamadeira hipertonifica o bucinador, que desta forma irá comprimir e impedir o desenvolvimento das arcadas dentárias no sentido lateral e diminuir a tonicidade lingual, devido a falta de movimentos vigorosos para a condução do leite, ficando hipotônica (contribuindo assim para anular outro estímulo para o alargamento das arcadas dentárias).
Além disso, o posicionamento da língua na mamadeira é baixo e posteriorizado, com o dorso muito elevado e sem tonicidade para elevar as bordas, em formato de concha. Com isso a língua fica hipotônica, pesada, com a ponta baixa e longe da papila incisiva .
Tal hipotonia leva a função e a postura inadequadas que perturbarão o crescimento do sistema maxilo-mandibular por falta de pressão correta sobre as arcadas e sobre o palato (a língua ajuda a “esculpir” o formato do palato duro).
Outro fator importante é que a língua hipotônica não terá sustentação muscular para permanecer anteriorizada e fora da orofaringe. Com isso, dá-se uma diminuição do espaço orofaringeano e consequentemente dificuldade respiratória, podendo também propiciar ronco e apnéia obstrutiva do sono .
Todo o processo do aleitamento na mamadeira, gira em torno 5 a 10 minutos. Para os padrões normais do aleitamento materno, a média é de 15 minutos para cada peito( na realidade , com livre demanda, a amamentação não é controlada pelo tempo). Desta forma, a necessidade fisiológica e neurológica do sugar também está comprometida na mamadeira.
Como já citamos ,o impulso neural de sucção na criança é muito intenso ( colocado no abdomem da mãe ele engatinha até o peito e mama)e na mamadeira este impulso não será satisfeito gerando necessidade de sugar paralela. Essa criança apresentará hábitos orais sugando antes o dedo , depois o lábio inferior , a bochecha ou mesmo a língua.
Acreditamos que comparando as dinâmicas musculares, absolutamente diferentes da ordenha e na sucção da mamadeira, podemos sugerir, repetindo a WABA: promova, proteja, apoie a amamentação! Assim estaremos cuidando do mais indefeso dos consumidores e investindo numa geração futura saudável e feliz .