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sexta-feira, 29 de maio de 2009

LÍNGUA PRESA





(FRÊNULO LINGUAL CURTO)

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail:
fonoclin@gmail.com

Muitas pessoas procuram o atendimento fonoaudiológico porque desconfiam ter a “língua presa”, pois percebem dificuldade para produzir alguns sons da fala. Entretanto, nem todos os problemas na fala acontece devido à “língua presa”.
Muitas vezes por hipotonia lingual, ou seja, o tônus da língua é flácido, deixando a língua praticamente solta dentro da boca ocasionando alteração principalmente
nos sons /s/ ou /z/. São aqueles casos em que a pessoa fala colocando a língua entre os dentes produzindo aquele som característico chamado “CECEIO”: “SSUCESSÕESSSS”.
“Língua presa” ou “Frênulo lingual curto” é quando a película abaixo da língua se encontra mais curta do que o normal, formando um “coraçãozinho” na ponta da língua quando está é colocada para fora da boca. Isso impossibilita a movimentação do órgão para a articulação correta de alguns sons como o /r/ e /l/.Muitas vezes essa pessoa terá dificuldades para realizar a sucção, mastigação e deglutição.
Nem sempre a cirurgia é a única alternativa como tratamento. Dependendo do caso muitas vezes se consegue com um bom trabalho muscular alcançar os objetivos, isto é, produzir corretamente os sons assim como o posicionamento adequado para deglutir.
Após uma avaliação, me
smo que a cirurgia denominada “FRENECTOMIA” ou “PIQUE NO FREIO” for a opção mais adequada, é importante realizar sessões de fonoterapia pós-cirúrgicas.
Sem esse acompanhamento a língua apenas ficará mais solta. É necessário, portanto, um trabalho muscular orientado para fortalecer a língua e posicioná-la corretamente.

ESTIMULAÇÃO EM BEBÊS COM DIFICULDADES DE SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail: fonoclin@gmail.com


A atuação fonoaudiológica em berçários, UTI e internação pediátrica é de extrema importância, tanto nos aspectos preventivos como de reabilitação. Estudos comprovam que existe grande parte de recém-nascido pré-termo cuja alta hospitalar é adiada por impedimentos provenientes de uma alimentação ineficiente. Pode-se dizer que a sucção e a deglutição são automatismos interligados, principalmente, nos primeiros meses de vida, os quais, juntamente com a função da respiração, interagem como um sistema. A sucção é fundamental na vida dos recém-nascidos, já que é a 1ª forma pelo qual o bebê obtém o alimento. Ao nascer, o bebê apresenta estrutura anatômica(boca) que lhe garante a capacidade de se alimentar da consistência líquida por meio do seio materno e/ou mamadeira. A deglutição é conseqüência dos movimentos rítmicos e coordenados da sucção. Fatores como tônus muscular, tipo de bico utilizado e a saciedade da fome podem influenciar no padrão de sucção. É essencial que o bebê se alimente por via oral(pela boca) contudo, em conseqüência, por exemplo, do bebê ser prematuro e/ou apresentar afecções conseqüentes de comprometimentos durante o desenvolvimento do embrião, poderá apresentar dificuldade de alimentação.
Essas dificuldades são observadas na avaliação clínica de deglutição realizada pela fonoaudióloga especialista na área quando solicitada a integrar a equipe de atendimento a essas crianças com distúrbio de deglutição. Nessa avaliação o fonoaudiólogo observa que os bebês não apresentam ao ser estimulados os reflexos orais que seriam esperados, como ausência do reflexo de sucção; o vedamento labial que garantiria segurar firmemente o seio materno e/ou bico da mamadeira não ocorre adequadamente e o bebê deixa escapar o leite para fora da boca; o ritmo da sucção não se dá de forma coordenada o que poderá levar a um desequilíbrio da deglutição e respiração e, conseqüentemente, presença de engasgos, tosse e apnéia (o bebê para de respirar). Com risco de penetração e ou aspiração do alimento para região laríngea (pulmão), dentre outras dificuldades. Essas crianças necessitarão de outra via de alimentação, no intuito de suprir seu estado nutricional e, garantir crescimento e desenvolvimento. A determinação da alimentação por uso de sonda naso ou orogástrica, e/ou ainda, gastrostomia em alguns casos, se deve ao comprometimento nas funções da sucção, deglutição e respiração, conseqüentemente, ao risco de aspiração traqueal com evolução para quadros de pneumonias de repetição. A criança que não apresenta condições de receber alimentação por via oral, deverá ser acompanhada pela fonoaudióloga que realizará estimulação sensório-motora oral, estimulação da sucção não-nutritiva e nutritiva quando indicado, com o objetivo de adequar as funções comprometidas e propiciar o mais breve possível a passagem do alimento da sonda por via oral.