;

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AMAMENTAÇÃO – VÍNCULO AFETIVO



A liberação feminina e sua incursão pelo mercado de trabalho trouxe para a sociedade algumas mudanças de costumes que se tornaram incontestáveis. A maior delas se deu na maternidade, alterada pelas novas atribuições que a mulher passou a ter. A função maternal perdeu relevo, pois dispõe de pouco tempo. O binômio mãe-filho cedeu lugar ao bebê solitário, habitante de creches, cuidado por babás ou pela tia de todos. O aleitamento materno substituiu-se por alternativas artificiais de alimentação. Essa realidade nega direitos à mulher e à criança, direitos cuja doutrina se fortalece à medida em que a ciência mostra o caráter essencial da relação mãe-filho nos primeiros tempos da existência da criatura. Com efeito, o cérebro humano cresce com velocidade máxima durante os três últimos meses de gestação e nos seis primeiros de vida extra-uterina. Se não cumprir as metas desse período, não se desenvolverá normalmente. Para crescer no ritmo apropriado, requer nutrientes que abundam no leite materno e estímulos que vem com a mãe. O contacto corporal com o filho, o som afetuoso emitido a cada carícia, o odor exalado em cada afago, o sorriso de alegria telúrica, o olhar radioso, o embalo espontâneo e a cantiga que brota da alma encantada são estímulos maternos que fazem o cérebro da criança crescer, decisivas para o seu desenvolvimento mental - as sinapses -multiplicando ligações entre os neurônios.
O aconchego resultante de uma interação sensorial tão estreita dá à criança a sensação de pertencimento, referência insubstituível para a estruturação de sua personalidade. Segundo Pedersen, psiquiatra da Universidade de Carolina do Norte, a quantidade e a qualidade dos cuidados maternos nos três primeiros anos de vida determinam a competência social do adulto, a habilidade de lidar com o estresse, a agresividade e mesmo a opção pelo uso de drogas. Há sistemas neuroquímicos, como os da ocitocina e vasopressina, desenvolvidos no cérebro da criança, que operam em sintonia com o afeto materno, reforçando o equilíbrio emocional ou gerando agressividade e outros comportamentos sociais. São sistemas sensíveis aos cuidados com a criança durante os primeiros anos de vida. Seus efeitos dependem do vínculo afetivo que se estabelece entre a mãe, a criança, o pai e a família como primeiro grupo social. Garantem relações estáveis ou podem ser a fonte da violência humana. Por isso, as sociedades que projetam o futuro criam redes sociais de proteção materna, preocupadas com a formação do cidadão. A sociedade precisa despertar para as verdadeiras prioridades e investir nas novas gerações. Incentivando o vínculo afetivo na idade adequada como direito fundamental do ser humano, o país faz a melhor opção apoiado na ciência e na natureza.

sábado, 2 de agosto de 2008

BICOS E DOENÇAS ORAIS


Especialistas alertam que não devem ser oferecidas chuquinhas e chupetas, mesmo sendo ortodônticas, pois os bicos artificiais fazem com que o recém nascido posicione erradamente a língua, ao sugar o seio, levando-o ao desmame precoce.
Estudos demonstram que o risco de um lactente (criança em idade de amamentação) ser desmamado é maior para os usuários dos bicos artificiais e de chupetas do que para os não usuários pois, além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite.
Embora a maioria das crianças utilize mamadeiras e chupetas, a verdade é que esses apetrechos podem causar inúmeros danos e serem transmissoras de germes (bactérias e vírus), vermes (protozoários) e fungos. Em virtude disto várias recomendações estão sendo feitas para desencorajar o uso de chupetas e mamadeiras.

O risco de um lactente (criança em idade de amamentação) ser desmamado é maior para os usuários dos bicos artificiais e de chupetas do que para os não usuários pois, além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite.

Os recém nascidos que usam chupetas geralmente sofrem de Moniliasse Oral (Candidíase, o conhecido "sapinho") e as chuquinhas e as mamadeiras são veículos de contaminação porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecido pelo Leite Materno. Além disso, a mamadeira e a chupeta podem causar cárie.

No Brasil, aproximadamente 12% das crianças até 2 anos têm a chamada cárie de mamadeira, uma doença contagiosa que pode ser passada da mãe para filho. Beijar o bebê na boca, soprar seu alimento ou limpar a chupeta com a própria saliva são hábitos pouco higiênicos, mas ainda muito comuns, que transmitem a bactéria da cárie.

Além disso, as chupetas já foram reprovadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), Normalização e Qualidade Industrial, que indicam que estes produtos estão oferecendo riscos ao consumidor.

Dezenas de marcas foram testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos (tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os quesitos. A "Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes" deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas devem conter a seguinte mensagem:

"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico".