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sexta-feira, 29 de maio de 2009

ESTIMULAÇÃO EM BEBÊS COM DIFICULDADES DE SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail: fonoclin@gmail.com


A atuação fonoaudiológica em berçários, UTI e internação pediátrica é de extrema importância, tanto nos aspectos preventivos como de reabilitação. Estudos comprovam que existe grande parte de recém-nascido pré-termo cuja alta hospitalar é adiada por impedimentos provenientes de uma alimentação ineficiente. Pode-se dizer que a sucção e a deglutição são automatismos interligados, principalmente, nos primeiros meses de vida, os quais, juntamente com a função da respiração, interagem como um sistema. A sucção é fundamental na vida dos recém-nascidos, já que é a 1ª forma pelo qual o bebê obtém o alimento. Ao nascer, o bebê apresenta estrutura anatômica(boca) que lhe garante a capacidade de se alimentar da consistência líquida por meio do seio materno e/ou mamadeira. A deglutição é conseqüência dos movimentos rítmicos e coordenados da sucção. Fatores como tônus muscular, tipo de bico utilizado e a saciedade da fome podem influenciar no padrão de sucção. É essencial que o bebê se alimente por via oral(pela boca) contudo, em conseqüência, por exemplo, do bebê ser prematuro e/ou apresentar afecções conseqüentes de comprometimentos durante o desenvolvimento do embrião, poderá apresentar dificuldade de alimentação.
Essas dificuldades são observadas na avaliação clínica de deglutição realizada pela fonoaudióloga especialista na área quando solicitada a integrar a equipe de atendimento a essas crianças com distúrbio de deglutição. Nessa avaliação o fonoaudiólogo observa que os bebês não apresentam ao ser estimulados os reflexos orais que seriam esperados, como ausência do reflexo de sucção; o vedamento labial que garantiria segurar firmemente o seio materno e/ou bico da mamadeira não ocorre adequadamente e o bebê deixa escapar o leite para fora da boca; o ritmo da sucção não se dá de forma coordenada o que poderá levar a um desequilíbrio da deglutição e respiração e, conseqüentemente, presença de engasgos, tosse e apnéia (o bebê para de respirar). Com risco de penetração e ou aspiração do alimento para região laríngea (pulmão), dentre outras dificuldades. Essas crianças necessitarão de outra via de alimentação, no intuito de suprir seu estado nutricional e, garantir crescimento e desenvolvimento. A determinação da alimentação por uso de sonda naso ou orogástrica, e/ou ainda, gastrostomia em alguns casos, se deve ao comprometimento nas funções da sucção, deglutição e respiração, conseqüentemente, ao risco de aspiração traqueal com evolução para quadros de pneumonias de repetição. A criança que não apresenta condições de receber alimentação por via oral, deverá ser acompanhada pela fonoaudióloga que realizará estimulação sensório-motora oral, estimulação da sucção não-nutritiva e nutritiva quando indicado, com o objetivo de adequar as funções comprometidas e propiciar o mais breve possível a passagem do alimento da sonda por via oral.

2 comentários:

Anônimo disse...

oLÁ BOA TARDE

LI O VOSSO POST, SOU UMA tERAPEUTA DA fALA pORTUGUESA A TRABALHAR RECENTEMENTE COM PREMATUROS, RECOMENDAM ALGUM SITE OU BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA? qUAL A FORMA MAIS FÁCIL DE OBTER INFORMAÇÃO ACRECA DOS PROMENORES DA ACTUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM PREMATUROS? OBG

aDELAIDE dIAS
Contacto:
ad_tf123@hotmail.com

Twiggy disse...

Olá!

Tb sou portuguesa. o meu sobrinho nasceu com uma hernia diafragmática congénita o que levou a que estivesse internado 4 meses o que atrasou bastante o seu desenvolvimento geral. A nivel de alimentação esta a ser muito complicado. Ele usa sonda nasogástrica e recusa-se a comer, não tolera nada na boca, fechando-a. se por sorte conseguimos colocar algo na boca ele smplesmente não engole. SE souber de alguns exercícios ou soluções que eu possa tentar para melhorar este aspecto eu agradecia muito.

Ana Guedes
anaguedes3@gmail.com