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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MASTIGAÇÃO - DICAS PARA OS PAIS:

DICAS PARA OS PAIS:
Observe seu filho se ao mastigar:
- Mastiga com os lábios fechados;
- Usa os dois lados para mastigar;
- Respiração predominantemente pelo nariz;
- Se os alimentos escolhidos necessitam trabalho mastigatório;
- O tempo da mastigação é aceitável: nem muito rápido, nem muito lento;
- Se toma água, sucos ou refrigerantes para ajudar na mastigação;
- Se os dentes estão realizando a função de trituração adequadamente;
- Se bochechas apresentam boa musculatura de ambos os lados;
Em caso de dúvidas, converse com um especialista.
Lembre-se que a mastigação pode ser corrigida!

Elda Detoni- Odontopediatra e OFM

MASTIGAÇÃO - ACADEMIA BUCAL

Mastigar é um ato reflexo aprendido, coordenado por nervos e músculos. Isto só ocorre a partir do momento em que o crescimento craniofacial tenha aumentado o volume intra-oral, os dentes tenham irrompido e entrem em oclusão, a musculatura e a ATM tenham amadurecido, possibilitando uma interação com o SNC.
Os primeiros movimentos de mastigação são irregulares e descoordenados. Os movimentos da maxila e da mandíbula de um indivíduo durante o ciclo de mastigação formam um padrão integrado e desenvolvido de muitos elementos funcionais e são altamente adaptativos na criança. Por isso é importante ensinar à criança como mastigar, falando e demonstrando, mas principalmente fornecendo alimentos que propiciem o correto estímulo funcional, pois mais tarde as mudanças adaptativas são bem mais difíceis.
Observe o vídeo sobre mastigação. Qualquer maneira diferente de executar esse ato, certamente apresenta anormalidade funcional, o que gerará prejuízos para o sistema estomatognático.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"Probleminhas" do Respirador Bucal

As crianças que têm obstruções importantes das vias aéreas acabam se tornando "respiradores bucais", pois precisam ficar com a boca aberta para poderem conseguir ar, visto que suas narinas fechadas não são suficientes. Respirar pela boca produz uma série de transtornos, mas as noites são os piores desafios. A garganta fica seca e dolorida pela passagem de ar, e a flacidez da língua (durante o sono REM profundo) pode produzir roncos e paradas respiratórias (as famosas "apnéias").
O sono destas crianças fica tremendamente conturbado, agitado, com sonhos ruins, pesadelos, inquietude, distúrbios da respiração, despertar freqüente, etc...
Assim, o sono não é reparador e não produz descanso físico ou emocional. O que alguns pesquisadores notaram há alguns anos, é que esse quadro é tremendamente aumentado nas crianças que não foram amamentadas ao seio, e que por essa deficiência acabaram desenvolvendo alterações anatômicas/funcionais no aparelho respiratório superior. Essa criança acaba tendo dificuldades tremendas no sono e no descanso. Clinicamente são crianças com olhos semi-cerrados, abatidas, cansadas e facilmente fatigadas. Tem muita irritabilidade e inquietude, relacionadas com o cansaço crônico a que são submetidas.
As repercussões desta síndrome para o desenvolvimento das crianças são tão trágicas que os primeiros estudiosos da "sindrome do respirador bucal" usavam o "slogan": "Feche a sua boca e salve a sua vida".
Essa criança quando tratada apenas por especialistas como psicólogos, pedagogas, psico-pedagogas, pediatras, homeopatas, psicanalistas, etc... poucos resultados apresenta, porque ela sofre de um transtorno anátomo-funcional do aparelho respiratório, que só pode ser melhorado se tratarmos o dano anatômico básico, e conseguirmos fazer essa criança "fechar a boca".
Em homeopatia é o que se chama "obstáculo mecânico à cura".
Essa criança, assim comprometida, levanta-se de manhã totalmente fatigada e irritada.Vai para a escola e é incapaz de apreender os conceitos. Chega o dia da prova de matemática, em que a concentração e o raciocínio são fundamentais, e o resultado é previsível. Suas notas são baixas, conceitos ruins. Depois de algumas notas insatisfatórias as professoras percebem a importância de comunicar aos pais, para que estes possam auxiliar nas dificuldades pedagógicas. A mãe é chamada na escola... A professora explica o problema...
E a bola de neve aumenta cada vez mais! Não espere! Busque especialistas adequados para o momento, respeitando as necessidades emergenciais: Dar condições para esta criança ou adulto de respirar , fazer fechar a boca para salvar a sua vida!


Marta Predebon, CD Especialista em OFM

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AMAMENTAÇÃO – VÍNCULO AFETIVO



A liberação feminina e sua incursão pelo mercado de trabalho trouxe para a sociedade algumas mudanças de costumes que se tornaram incontestáveis. A maior delas se deu na maternidade, alterada pelas novas atribuições que a mulher passou a ter. A função maternal perdeu relevo, pois dispõe de pouco tempo. O binômio mãe-filho cedeu lugar ao bebê solitário, habitante de creches, cuidado por babás ou pela tia de todos. O aleitamento materno substituiu-se por alternativas artificiais de alimentação. Essa realidade nega direitos à mulher e à criança, direitos cuja doutrina se fortalece à medida em que a ciência mostra o caráter essencial da relação mãe-filho nos primeiros tempos da existência da criatura. Com efeito, o cérebro humano cresce com velocidade máxima durante os três últimos meses de gestação e nos seis primeiros de vida extra-uterina. Se não cumprir as metas desse período, não se desenvolverá normalmente. Para crescer no ritmo apropriado, requer nutrientes que abundam no leite materno e estímulos que vem com a mãe. O contacto corporal com o filho, o som afetuoso emitido a cada carícia, o odor exalado em cada afago, o sorriso de alegria telúrica, o olhar radioso, o embalo espontâneo e a cantiga que brota da alma encantada são estímulos maternos que fazem o cérebro da criança crescer, decisivas para o seu desenvolvimento mental - as sinapses -multiplicando ligações entre os neurônios.
O aconchego resultante de uma interação sensorial tão estreita dá à criança a sensação de pertencimento, referência insubstituível para a estruturação de sua personalidade. Segundo Pedersen, psiquiatra da Universidade de Carolina do Norte, a quantidade e a qualidade dos cuidados maternos nos três primeiros anos de vida determinam a competência social do adulto, a habilidade de lidar com o estresse, a agresividade e mesmo a opção pelo uso de drogas. Há sistemas neuroquímicos, como os da ocitocina e vasopressina, desenvolvidos no cérebro da criança, que operam em sintonia com o afeto materno, reforçando o equilíbrio emocional ou gerando agressividade e outros comportamentos sociais. São sistemas sensíveis aos cuidados com a criança durante os primeiros anos de vida. Seus efeitos dependem do vínculo afetivo que se estabelece entre a mãe, a criança, o pai e a família como primeiro grupo social. Garantem relações estáveis ou podem ser a fonte da violência humana. Por isso, as sociedades que projetam o futuro criam redes sociais de proteção materna, preocupadas com a formação do cidadão. A sociedade precisa despertar para as verdadeiras prioridades e investir nas novas gerações. Incentivando o vínculo afetivo na idade adequada como direito fundamental do ser humano, o país faz a melhor opção apoiado na ciência e na natureza.

sábado, 2 de agosto de 2008

BICOS E DOENÇAS ORAIS


Especialistas alertam que não devem ser oferecidas chuquinhas e chupetas, mesmo sendo ortodônticas, pois os bicos artificiais fazem com que o recém nascido posicione erradamente a língua, ao sugar o seio, levando-o ao desmame precoce.
Estudos demonstram que o risco de um lactente (criança em idade de amamentação) ser desmamado é maior para os usuários dos bicos artificiais e de chupetas do que para os não usuários pois, além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite.
Embora a maioria das crianças utilize mamadeiras e chupetas, a verdade é que esses apetrechos podem causar inúmeros danos e serem transmissoras de germes (bactérias e vírus), vermes (protozoários) e fungos. Em virtude disto várias recomendações estão sendo feitas para desencorajar o uso de chupetas e mamadeiras.

O risco de um lactente (criança em idade de amamentação) ser desmamado é maior para os usuários dos bicos artificiais e de chupetas do que para os não usuários pois, além do bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato dele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite.

Os recém nascidos que usam chupetas geralmente sofrem de Moniliasse Oral (Candidíase, o conhecido "sapinho") e as chuquinhas e as mamadeiras são veículos de contaminação porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecido pelo Leite Materno. Além disso, a mamadeira e a chupeta podem causar cárie.

No Brasil, aproximadamente 12% das crianças até 2 anos têm a chamada cárie de mamadeira, uma doença contagiosa que pode ser passada da mãe para filho. Beijar o bebê na boca, soprar seu alimento ou limpar a chupeta com a própria saliva são hábitos pouco higiênicos, mas ainda muito comuns, que transmitem a bactéria da cárie.

Além disso, as chupetas já foram reprovadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), Normalização e Qualidade Industrial, que indicam que estes produtos estão oferecendo riscos ao consumidor.

Dezenas de marcas foram testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos (tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os quesitos. A "Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes" deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras, bicos e chupetas devem conter a seguinte mensagem:

"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico".

quinta-feira, 17 de julho de 2008

APNÉIA E RONCO - SOLUÇÕES???





Para que serve uma boa noite de sono? Perguntas como esta tem sido feitas corriqueiramente no dia-a-dia do cidadão. Para se compreender o grau de importância de uma boa noite de sono, antes de mais nada, temos de reconhecer que o sono é capaz de restabelecer os equilíbrios físico, mental e psicológico do ser humano, isto é, ele preserva a saúde e o bem-estar do homem.
Existem diversos distúrbios relacionados ao sono, que atingem cada dia mais a população e em conseqüência de seus efeitos, ocorre um comprometimento social e profissional. Atribuídos a estes distúrbios, está a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), considerada uma doença crônica, progressiva, incapacitante com alta mortalidade e morbidade ganhando lugar de destaque em virtude da alta incidência na população. É caracterizada pela interrupção do fluxo aéreo durante o sono, reduzindo a presença de oxigênio no sangue, circunstância que se associa aos problemas cardiovasculares, diabetes ou infartos cerebrais. E o ronco é a vibração dos tecidos mediante a passagem do ar.
Diversos tratamentos são utilizados, entre eles o uso de aparelhos e a correção cirúrgica das discrepâncias maxilo-mandibulares, melhorando o fluxo aéreo.



Existem ainda aparelhos do tipo CPAP ou BPAP,
utilizados nas apnéias graves, onde o paciente dorme com uma máscara de ar sobre o nariz, e um compressor força a entrada de ar para dentro das vias aéreas. Só que é uma solução extremamente radical, pois sujeita a pessoa a dormir sozinha com uma parafernália fazendo barulho a noite inteira: ou seja, substitui-se o ronco pelo barulho do compressor, mas a falta de ar é suprimida.
Através de um exame clínico detalhado o cirurgião-dentista observa as diversas estruturas anatômicas que indicam um predisposição à síndrome, como por exemplo, a relação maxilo-mandibular que, em condições alteradas, diminuem o espaço orofaringeo prejudicando a função respiratória. O dentista solicita uma polissonografia , exame onde o qual o paciente é monitorado durante uma noite de sono, através de registros que marcam desde os batimentos cardíacos , a pressão arterial, oxigênio no sangue, até os vários estágios do sono, o número e duração das apnéias.

Neonato usando c-pap para respirar.


A gravidade da síndrome é determinada pela freqüência com que ocorrem as crises de falta de ar:
suave - 5 a 10 episódios/hora;
moderada - 15 a 25 episódios/hora e
severa - acima de 30 episódios/hora.
Esses dados só serão obtidos através da polissonografia.
E o plano de tratamento também é escolhido a partir dos dados obtidos.
Os aparelhos intra-bucais apresentam-se como uma boa opção de tratamento. São construídos de forma a posicionar a mandíbula numa posição mais aberta e mais anterior, possibilitando uma passagem de ar mais livremente pela garganta. O aparelho é retido
pelos dentes e pela mucosa dento-alveolar, impedindo que a mandíbula se movimente ou que a língua caia para trás, e assim, fornece uma tonicidade extra aos músculos línguopalatofaringeano. Os principais sintomas da apnéia são o ronco e a sonolência diurna excessiva.Entre outros citamos a hipertensão arterial, cefaléia matinal, perda da memória recente, dificuldade de concentração, depressão, irritabilidade , impotência sexual. O ronco é também um fator de desagregação familiar, pois a pessoa que ronca é obrigada a dormir em quarto separado, bem como é motivo de piadas no meio de convívio social.
Mais simples que isso é consultar um profissional que trate o ronco e apnéia.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

USO DE MAMADEIRA E CHUPETA

O uso da mamadeira provoca problemas na arcada dentária, com possíveis complicações fonoaudiológicas e cáries precoces.
Claro que se este hábito de uso de mamadeira e chupeta puder ser evitado melhor. Mas nós temos a consciência que na maioria das vezes não é isso que acontece. Então, é importante ressaltar que se estes hábitos forem prolongados podem prejudicar o posicionamento da língua, a musculatura bucal, crescimento dos ossos e posicionamento dos dentes do bebê.
Todo processo de remoção de um hábito deve ser lento e gradativo, mas deve começar o mais cedo possível. Aos poucos se deve ir planejando eliminar o uso da chupeta e da mamadeira da rotina do bebê, até no máximo por volta dos 2 anos e meio/3 anos de idade. Então, para facilitar o processo pode-se ir substituindo a mamadeira pelo copinho de transição. Quanto à chupeta só deve ser dada ao bebê em momentos de ansiedade e tensão, às vezes ele a mantém na boca sem sugar. Deve-se aproveitar estes momentos pra distraí-lo e retirar a chupeta. Quanto menos a criança acostumar com a chupeta, mais rápido ela consegue deixar o hábito. Se o uso da chupeta e da mamadeira não puder ser evitado dar preferência a aquelas que apresentam os bicos ortodônticos e anatômicos, que garantem um melhor posicionamento da língua do bebê durante a sucção.
Toda a comodidade tem o seu preço! Os bicos geram sequelas que exigirão a sua atenção!
Pense nisso!