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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

REGULADORES DA POSTURA HUMANA

A postura do ser humano é extremamente complexa e intervém de forma
permanente no ato de levantar-se, sentar-se, manter-se em pé, manter-se sentado, equilibrar-se com o corpo em todos os movimentos de tronco, braços e pernas e o de lutar contra a força da gravidade, que atua sobre nós constantemente independente da postura que adotamos. O objetivo do sistema postural é a de manter a posição vertical do indivíduo com economia máxima de trabalho muscular.O nosso corpo está sempre oscilando na tentativa de encontrar o seu equilíbrio.

O controle da postura é totalmente involuntário, ou seja, não necessita da nossa vontade ou do nosso comando.

Os reguladores da postura são:












O : é onde ocorre a união do desequilíbrio do corpo com o solo. As alterações de postura do pé poderá ser a causa do desequilíbrio postural ou ele poderá se adaptar para manter o equilíbrio de alguma alteração vinda mais de cima do corpo (geralmente causada por alterações do olho ou dentes), num primeiro momento esta adaptação do pé poderá ser reversível se a causa também for corrigida, se não o for a alteração se fixará e será irreversível a sua correção. É mais freqüente o pé ser ao mesmo tempo a causa da alteração postural e ser também uma adaptação de uma alteração vinda de cima.

O olho: todos os desequilíbrios dos músculos dos olhos levarão a uma limitação do movimento de girar a cabeça para o lado, que resultará em um desequilíbrio dos músculos do pescoço e que por sua vez acarretarão alterações corporais abaixo do pescoço.

  1. O aparelho mastigador: a mandíbula, a língua e a maxila estão diretamente ligadas com as musculaturas responsáveis pela postura do corpo, qualquer alteração destas estruturas resultará em modificação do equilíbrio postural.
O ouvido interno:
Responsável em coordenar a posição da cabeça e dos olhos durante o movimento.
O computador central (o cérebro): as informações vindas das estruturas acima citados serão interpretados no cérebro.

As vias descendentes: após as informações terem sido interpretadas no cérebro, os nervos levam um comando para os músculos da postura para que estes se ajustem as alterações das outras estruturas.

Devemos estar sempre atentos às alterações de postura dos pés e tornozelos, das alterações dos movimentos oculares, da audição, e da posição dos dentes e da cabeça,para detectar uma alteração postural e evitar o agravamento da mesma.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RESPIRADOR BUCAL – QUEM TRATA????

Ultimamente, a abordagem no tratamento do Respirador Bucal vem sofrendo modificações,

tanto no conceito como em sua abrangência.

Tanto é que até a fisioterapia vem sendo aplicada largamente no processo de reabilitação do paciente, porque este não é mais observado como um mero portador de uma afecção ou seqüela, mas um universo o qual precisa ser melhor interpretado.

Assim como entendemos ser importante o tratamento psicológico para reverter as seqüelas

que a falta de oxigenação adequada causou nos diversos sistemas , levando o paciente a alterações psicológicas e comportamentais.

Assim, enquadram os o respirador bucal como “portador” de um desequilíbrio biomecânico,

daí a necessidade de termos claro as desordens deste quadro diferenciado e suas causas. A respiração bucal é uma síndrome que se caracteriza pela má qualidade do ar que chega aos

pulmões, cheio de impurezas, não filtrado, nem aquecido da maneira que convém para que

chegue ao seu destino.

Se o ar que chega aos pulmões é péssimo ou insuficiente, o paciente apresenta desordens

severas no seu equilíbrio vital. Alterações corporais surgem como formas compensatórias

inclusive para o organismo trabalhar com um mínimo de consumo energético.

Sendo comprometido o sistema músculo-esquelético do respirador bucal, surgirão as alterações da fala (alterações articulatórias), comprometimentos intelectuais e

psicológicos como desatenção, irritabilidade,

constrangimento conseqüente e alterações

comportamentais.

Como se pode perceber, o tratamento do respirador bucal deve ser o mais precoce possível, para que todas as

alterações que resultam da péssima qualidade do ar sejam

o menos danosas possíveis e não sejam obstáculos intransponíveis para a recuperação do

equilíbrio vital.

A multidisciplinaridade envolve várias áreas como a otorrinolaringologia, a ortopedia funcional

dos maxilares, a fonoaudiologia, a fisioterapia, a cirurgia, a pediatria, a psicologia, a nutrição,

a alergologia , e quem sabe não encontraremos muitas outras necessidades que devem ser

reparadas daqui por diante.

Esteja ligado e atento!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ORTOPEDIA: COMO AGE????


A Ortopedia Funcional dos Maxilares age por meio de estímulos neurais, diferindo fundamentalmente e conceitualmente da Ortodontia. A Ortopedia funciona como um orientador do crescimento, direcionando as forças de crescimento e desenvolvimento para um final harmônico. A Ortodontia usa força mecânica sobre os dentes e ossos por meio de aparelhos fixos como, por exemplo:
- Aparelho de Hyrax,
- Aparelho de Herbst,
- Andrew,
- Capelozza,
- Roth e tantos outros
Os aparelhos usados pela OFM produzem uma adequada estimulação neural que é enviada à região da boca no córtex sensorial, o qual processa o estímulo, e uma resposta de remodelagem é transmitida de volta ao sistema estomatognático (SE). As mudanças que ocorrem no SE são também incorporadas pelo córtex sensorial e motor e são codificadas como novas memórias de longo prazo, as quais são responsáveis pela manutenção do SE no novo equilíbrio.
Somos uma grande e complexa matriz funcional que sofre deformações conforme o meio, ou seja, as atividades realizadas pelos músculos determinarão o formato da estrutura óssea.
Esta intensa plasticidade neural, produz remodelagem e crescimento ósseo, inclusive em idade adulta madura, desde que adequadamente estimulada. É o caso do tratamento de mandíbula retraída, mandíbula protruida, expansão de maxila, etc.
O grande avanço recente na neurociência permite visualizar que num futuro próximo será melhor entendido os sistemas neurofisiológicos que medeiam os tratamentos realizados, levando a OFM a novos patamares de evolução.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL


O que é dor orofacial?
Dor orofacial pode ser definida como uma dor que acomete a região orofacial, ou seja, a boca, a face, a cabeça e o pescoço. São dores que podem ocorrer devido a problemas musculares, da articulação temporomandibular (ATM), dos dentes, dos vasos sanguíneos e/ou dos nervos. Dentre as condições dolorosas mais comuns da região orofacial, destacam-se as dores de origem músculo-esquelética, mais conhecidas pelo termo disfunções temporomandibulares (DTMs).

O que é DTM?
DTM é um termo que inclui um número de problemas clínicos que envolvem a musculatura mastigatória, a ATM e estruturas associadas, ou ambas. Pode gerar dores de cabeça, cansaço muscular, dor nas ATMs, dores próximas à região do ouvido, dores na região do pescoço, mordida instável e/ou dificuldade de mastigação.

Quais são os sintomas mais comuns? Dor na região do ouvido sem infecção, dor ou desconforto na região da ATM mais comumente ao acordar ou no final da tarde, dor na ATM durante a fala ou a mastigação, dificuldade para abrir ou fechar a boca, cansaço nos músculos da face e/ou da mastigação, sensibilidade dentária quando não há nenhum problema aparente.

O que pode causar DTM?
Cada indivíduo engole cerca de 2.000 vezes por dia, o que gera o contato dos dentes superiores e inferiores. Assim, situações como mordida instável, dentes perdidos, mau alinhamento dentário, apertamento e/ou rangido dos dentes (também conhecido como bruxismo), trauma na cabeça ou no pescoço e má postura podem causar problemas, pois os músculos têm de trabalhar mais para compensar essas falhas. Assim, os músculos podem entrar em fadiga e alterar toda a função do sistema mastigatório, causando dor e desconforto.

O que é o bruxismo?
Bruxismo é o apertamento ou rangido dos dentes, que pode ocorrer enquanto o indivíduo está acordado ou dormindo. É uma atividade danosa ao sistema mastigatório, pois pode gerar desgaste dos dentes ou dor muscular, entre outros problemas. Indivíduos com dentes desgastados, portanto, necessitam de uma avaliação para verificar se possuem quadro de bruxismo ativo e se há necessidade de tratamento. É importante ressaltar que alguns medicamentos podem induzir ou agravar essa situação.

O que eu posso fazer para tratar a DTM?
A maioria dos casos pode ser tratada pela promoção de repouso das articulações e dos músculos mastigatórios. Isso pode ser conseguido por meio de manobras odontológicas, como por exemplo, a confecção de placas oclusais, utilização de medicamentos e, fundamentalmente, pela aquisição de novos hábitos saudáveis. Em muitos casos, o paciente pode apresentar melhora com manobras simples, como adoção de dieta com alimentos macios, exercícios físicos para os músculos da mastigação, educação das funções mastigatórias, compressas quentes e frias e controle do apertamento dentário. Em casos muito específicos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. O tratamento é multidisciplinar (dentista,fisioterapeuta,fonoaudiólogo e psicóloga).

A DTM é permanente?
Essa condição é episódica e pode ocorrer em fases de estresse ou após algum evento físico (como um trauma) ou emocional. É fundamental, entretanto, que o paciente procure por tratamento para que a dor não se torne crônica (de longa duração), o que torna o tratamento muito mais difícil.
Fga. Rosane Pereira Rodrigues
CRFa RS 0345
FONOCLIN
Email: fonoclin@gmail.com

sexta-feira, 29 de maio de 2009

LÍNGUA PRESA





(FRÊNULO LINGUAL CURTO)

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail:
fonoclin@gmail.com

Muitas pessoas procuram o atendimento fonoaudiológico porque desconfiam ter a “língua presa”, pois percebem dificuldade para produzir alguns sons da fala. Entretanto, nem todos os problemas na fala acontece devido à “língua presa”.
Muitas vezes por hipotonia lingual, ou seja, o tônus da língua é flácido, deixando a língua praticamente solta dentro da boca ocasionando alteração principalmente
nos sons /s/ ou /z/. São aqueles casos em que a pessoa fala colocando a língua entre os dentes produzindo aquele som característico chamado “CECEIO”: “SSUCESSÕESSSS”.
“Língua presa” ou “Frênulo lingual curto” é quando a película abaixo da língua se encontra mais curta do que o normal, formando um “coraçãozinho” na ponta da língua quando está é colocada para fora da boca. Isso impossibilita a movimentação do órgão para a articulação correta de alguns sons como o /r/ e /l/.Muitas vezes essa pessoa terá dificuldades para realizar a sucção, mastigação e deglutição.
Nem sempre a cirurgia é a única alternativa como tratamento. Dependendo do caso muitas vezes se consegue com um bom trabalho muscular alcançar os objetivos, isto é, produzir corretamente os sons assim como o posicionamento adequado para deglutir.
Após uma avaliação, me
smo que a cirurgia denominada “FRENECTOMIA” ou “PIQUE NO FREIO” for a opção mais adequada, é importante realizar sessões de fonoterapia pós-cirúrgicas.
Sem esse acompanhamento a língua apenas ficará mais solta. É necessário, portanto, um trabalho muscular orientado para fortalecer a língua e posicioná-la corretamente.

ESTIMULAÇÃO EM BEBÊS COM DIFICULDADES DE SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO

Fga: Rosane Pereira Rodrigues
CRFa-RS: 0345
FONOCLIN
e-mail: fonoclin@gmail.com


A atuação fonoaudiológica em berçários, UTI e internação pediátrica é de extrema importância, tanto nos aspectos preventivos como de reabilitação. Estudos comprovam que existe grande parte de recém-nascido pré-termo cuja alta hospitalar é adiada por impedimentos provenientes de uma alimentação ineficiente. Pode-se dizer que a sucção e a deglutição são automatismos interligados, principalmente, nos primeiros meses de vida, os quais, juntamente com a função da respiração, interagem como um sistema. A sucção é fundamental na vida dos recém-nascidos, já que é a 1ª forma pelo qual o bebê obtém o alimento. Ao nascer, o bebê apresenta estrutura anatômica(boca) que lhe garante a capacidade de se alimentar da consistência líquida por meio do seio materno e/ou mamadeira. A deglutição é conseqüência dos movimentos rítmicos e coordenados da sucção. Fatores como tônus muscular, tipo de bico utilizado e a saciedade da fome podem influenciar no padrão de sucção. É essencial que o bebê se alimente por via oral(pela boca) contudo, em conseqüência, por exemplo, do bebê ser prematuro e/ou apresentar afecções conseqüentes de comprometimentos durante o desenvolvimento do embrião, poderá apresentar dificuldade de alimentação.
Essas dificuldades são observadas na avaliação clínica de deglutição realizada pela fonoaudióloga especialista na área quando solicitada a integrar a equipe de atendimento a essas crianças com distúrbio de deglutição. Nessa avaliação o fonoaudiólogo observa que os bebês não apresentam ao ser estimulados os reflexos orais que seriam esperados, como ausência do reflexo de sucção; o vedamento labial que garantiria segurar firmemente o seio materno e/ou bico da mamadeira não ocorre adequadamente e o bebê deixa escapar o leite para fora da boca; o ritmo da sucção não se dá de forma coordenada o que poderá levar a um desequilíbrio da deglutição e respiração e, conseqüentemente, presença de engasgos, tosse e apnéia (o bebê para de respirar). Com risco de penetração e ou aspiração do alimento para região laríngea (pulmão), dentre outras dificuldades. Essas crianças necessitarão de outra via de alimentação, no intuito de suprir seu estado nutricional e, garantir crescimento e desenvolvimento. A determinação da alimentação por uso de sonda naso ou orogástrica, e/ou ainda, gastrostomia em alguns casos, se deve ao comprometimento nas funções da sucção, deglutição e respiração, conseqüentemente, ao risco de aspiração traqueal com evolução para quadros de pneumonias de repetição. A criança que não apresenta condições de receber alimentação por via oral, deverá ser acompanhada pela fonoaudióloga que realizará estimulação sensório-motora oral, estimulação da sucção não-nutritiva e nutritiva quando indicado, com o objetivo de adequar as funções comprometidas e propiciar o mais breve possível a passagem do alimento da sonda por via oral.