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Respirar, mastigar, deglutir, são funções automáticas que qualquer um de nós faz no dia-a-dia. E da mesma forma que é automático realizar tudo isso, muitas vezes sem querer, fazemos algumas dessas funções de maneira incorreta, e o próprio organismo cria uma alternativa para que ela seja realizada de alguma outra forma, mesmo que erradamente. Por exemplo, quando respiramos pela boca, o que acontece? Erguemos a cabeça, e com isso mudamos todo o padrão de estímulo de crescimento ósseo corporal. Então os desastres já começam a acontecer. Uma série de alterações fisiopatológicas de eventos que partindo da cavidade oral vão se estendendo até os pés.
Engana-se quem acredita que os problemas de má formação dos ossos da face se dão a partir da erupção dos dentes permanentes, o que acontece geralmente por volta dos seis anos de idade. Na verdade, eles começam bem antes, antes da primeira infância, ou seja, de zero a três anos. Desde o nascimento as nossas arcadas dentárias precisam do estímulo correto para se desenvolverem. Nesta fase, a respiração, a amamentação e a deglutição, feitos de maneira correta, são fundamentais. Desde a primeira infância é possível ensinar hábitos corretos das principais funções para evitar a má formação das arcadas dentárias.
Quando a mãe amamenta o bebê, deve estar atenta se ele consegue mamar adequadamente, sem sinais de asfixia ou falta de ar. A amamentação é um dos mais importantes estímulos de desenvolvimento das funções orais e do crescimento facial.
A mastigação entra como outro fator determinante do crescimento facial. E aqui, entra a importância da consistência dos alimentos que são dados à criança. Sugere-se que sejam misturados alimentos mais resistentes à mastigação (como a carne) nas sopas ou massas, a fim de que um maior número de ciclos mastigatórios seja realizado. Estes movimentos mandibulares promoverão o crescimento dos maxilares.
A prevenção e a correção dos desvios de funções devem ser feitas no momento em que são detectadas, exigindo um tratamento multidisciplinar, onde ortopedistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas possam fazer uma abordagem terapêutica especializada e integral.